O “Juntos e Shallow Now” foi um exemplo de como usar toda a repercussão negativa da internet para algo bom.
Foram inúmeras vezes, ali a partir de 2011, que Paula Fernandes e Luan Santana foram alvos de toda e qualquer crítica na internet. Qualquer coisa que eles faziam era motivo para falar mal. Teló também passou por poucas e boas.
Era ascensão do Twitter, as pessoas estavam se sentindo pela primeira vez com o poder de falar o que quiser, início do comportamento que transformaria as redes sociais em terra de ninguém.
Os artistas demoraram a aprender como superar as críticas raivosas.
Tantos anos depois, Paula finalmente tirou de letra piadas engraçadas e piadas de mau gosto, críticas sérias e críticas com o intuito apenas de ofender. Matou no peito, deu risada e percebeu que a execração pública, quando feita sem motivo, pode ser usada positivamente por ela.
A música, por ter sido lançada com exclusividade por uma rádio (Nativa FM), não chegou a entrar na programação de várias outras. No Spotify, logo após o lançamento, ela chegou a bater o Top15 e levou a versão original de volta ao Top10.
Mas a canção, na real, pouco importa. Paula voltou a ser notícia por sua música, e não pelo fim de seu namoro ou por sua amizade com a Marina Ruy Barbosa.
O lado da zoeira serviu como trampolim, pois daqui duas semanas (12 de junho) ela grava um novo DVD e a imprensa vai estar mais interessada no projeto do que se não tivesse havido o “Juntos e Shallow Now”.
Que a postura dela diante de tamanha repercussão sirva de exemplo para outros artistas que se deixam afundar com críticas. Dá pra tirar muito proveito do ódio alheio.