A notícia da semana, infelizmente, foi o falecimento de Pedro Bento, da dupla Pedro Bento e Zé da Estrada, na última quinta-feira (3).
Seu amigo parceiro de vida, Zé da Estrada, havia partido já em 2017.
Juntos, formaram uma das dupla mais importantes de todos os tempos. Nem tanto por hits – há outras dupla menores com muito mais músicas conhecidas -, mas pela cabeça aberta e visionária em plenos anos 1950 e 1960.
Em meio a uma cultura tão conservadora quanto a caipira, eles abriram as portas para influências musicais de toda a América Latina, especialmente para a música mexicana.
Influenciados diretamente pelo cantor mexicano Miguel Aceves Mejia, marcaram uma abertura sem volta para a música caipira, que já aceitava bem a influência paraguaia.
Sob a alcunha de “os Marciachis da música sertaneja”, Pedro Bento e Zé da Estrada importaram os metais, os arranjos e até mesmo os gritinhos de “ui, ui” e “aiaiai”, tão usados por Tibagi e Miltinho e principalmente Milionário e José Rico.
Ainda na esteira das influências latinas, Pedro Bento compôs a versão de nada menos que “Galopeira”.
Uma dupla cuja história dá gosto de ser contada.