A Rússia triste
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
A Rússia triste
A Rússia triste

Quis o destino que meu primeiro texto direto da Rússia fosse sem cor.

Minha avó Maria José, ou a Santinha, apelido que carregou desde a infância, se despediu nesta segunda-feira (18).

Depois que perdeu meu avô, cinco anos atrás, ela nunca mais foi a mesma.

Fui criado muito próximo a meus avós maternos, de quem jamais me distanciei.

Ironicamente, ela partiu comigo aqui tão longe, mas sigo com o conforto de saber que fizemos de tudo para que ela tivesse a melhor vida possível.

Desse meu casal de avós veio o gosto por sertanejo, mineiros e participantes de Folia de Reis.

Uma das boas histórias dela aconteceu no final dos anos 1980, quando precisou esconder Zezé di Camargo em uma padaria por conta do assédio. Ela trabalhava na produção de um showmício e ele, ainda artista solo, era a grande atração.

Não vou deixar música em homenagem pra não deixar tudo mais triste do que já está, mas vou lembrar dela sempre que “Tchau, amor” tocar, música que ela adorava desde a gravação de Zé Tapera e Teodoro.

20180619_125910