Por mais que o negócio pareça, muitas vezes, mais importante que a arte e o talento, há algo no qual ninguém consegue interferir: quando um artista acha “a música”, não existe pressão no mundo (seja financeira, de escritório ou qualquer outra) que mude o rumo das coisas.
Antes de entrar na música que motivou a postagem, vale uma citação: a música viral desse ano nas redes sociais, “Que tiro foi esse?“, é de uma funkeira que pouca gente levava a sério. Ria-se da moça, por conta de sua imagem fora dos padrões, e ficava tudo na conta da piada. Hoje o momento é dela.
Voltando ao nosso mundo, Thiago Brava lançou “Dona Maria” em outubro do ano passado, apenas mais um lançamento dentre centenas daquele mês.
O diferente, no momento, era a “vibe” do DVD, um visual mais tranquilo e bem bonito, registrado dentro do estúdio “Pé de Amora”, em Goiânia, do produtor Willi Baldo.
O auge de Brava havia sido “Namora bobo”, música que o ajudou muito, mas que se tivesse surgido antes do carnaval de 2015 (foi lançada em março daquele ano), poderia ter se tornado um mega hit.
Até mesmo por fazer uma linha piadista no Instagram, muita gente o levava na brincadeira. O pensamento era: “o cara faz umas brincadeiras aqui, lança umas músicas engraçadas ali e só”.
No entanto, como todos estão atrás de um sonho, “Dona Maria”, escrita pelo Thiago ao lado da dupla Lucas e Thiago e lançada pela gravadora MM Music, apareceu.
Ela é destaque em um “mini-DVD” de cinco vídeos publicados no YouTube sob o título de “Um violão e uma Catuaba”.
A participação do Jorge é muito importante, o fato de ser um reggaezinho é interessante, mas o grande negócio é que a música acertou diretamente o público, com aquela velha receita de uma boa ideia somada a uma letra simples e direta.
Com mais de 150 milhões de visualizações no YouTube, é uma canção cada vez mais presente nas rádios, ainda que o investimento passe muito longe dos praticados pelos maiores investidores do mercado.
A agenda está mais cheia e mais portas se abriram ao Thiago Brava.
Essas lições são importantes principalmente pra quem acha que música é única e exclusivamente negócio.