Eduardo Costa: uma boa surpresa no fim do ano
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Eduardo Costa: uma boa surpresa no fim do ano
Eduardo Costa: uma boa surpresa no fim do ano

Eduardo Costa lançou, neste mês de novembro, um dos melhores discos do ano.

nfazndaHá quem diga que é o melhor de 2017, e realmente existem diversos argumentos a favor da afirmação.

Quem acompanha o cantor desde seu início, sabe: ninguém compete com ele quando o assunto é repertório de regravações. Os Menotti rivalizam bem (não à toa, Eduardo chegou a morar com a dupla), mas ele tem um tino diferenciado na hora de selecionar músicas antigas.

Aos mais novos, nunca é demais lembrar que o nome Eduardo Costa “assustou” o mercado em meados dos anos 2000, quando, sem nenhum apoio de grande gravadora ou mídia, viu seus “No boteco 1 e 2” figurarem entre os mais vendidos do país.

O atual projeto se chama “Na Fazenda”. Não era pra ser um grande projeto de carreira, era apenas um material que ele pretendia soltar na internet e na rua (como ele fez a carreira toda), mas o resultado fez a Sony Music abraçar o material.

De produção bastante simples, Eduardo gravou um voz e violão em sua fazenda em Itaperuna, no estado do Rio de Janeiro. Convidou amigos bastante próximos para participar, como Dell Cavallini, Alex (da dupla Alex e Ronaldo), e a dupla Clayton e Romário.

A interpretação dele também chama atenção. Acompanhando o clima mais íntimo do projeto, os tons altos deram espaço a um Eduardo mais focado em melodia e em letra do que em chamar atenção com sua projeção vocal.

Regravou não só sertanejo: tem “Lua e Flor”, de Oswaldo Montenegro, e “Seguindo no trem azul”, do Roupa Nova, por exemplo.

Fez releituras, também, de canções que já haviam sido regravadas por ele em diferentes momentos da carreira, como “Peão”, de Almir Sater, “Nos bares da cidade”, de “Rick e Renner”, e “Feito eu”, de Chitãozinho e Xororó.

Relembrou sucessos próprios como “Eu duvido”, “Coração aberto” e “Eu quero esse amor”, e acertou em cheio ao lembrar de “Instante mágico”, de Rick e Renner, “Ela tem o dom de me fazer chorar”, de João Paulo e Daniel, e “Desatino”, de Ronaldo Viola e João Carvalho, gravada ao lado de Alex, repetindo uma parceria feita há uma década atrás, mas que não chegou a ser lançada oficialmente.

A primeira música de trabalho do projeto foi “Saudade”, de Chrystian e Ralf, que está no Top10 nacional há mais de um mês.

Quando muita gente achava que o sucesso do “Cabaré 2” já estava de bom tamanho para 2017, Eduardo mostrou que segue focado como sempre em sua carreira.

Abaixo, deixo uma das versões mais bonitas que ele fez: “Cabecinha no Ombro”.