Paraná disse ao G1, ontem, que lançará daqui alguns dias o novo CD da dupla, que já está em fase de finalização.
Na mesma matéria (clique aqui para ler), há algumas declarações do cantor que eu tomo a liberdade de reproduzir aqui.
Sobre a continuidade da carreira:
“Eu não tenho a liberdade para ver o que vou fazer. Temos alguns contratos agendados. Vai depender dos contratantes. Ainda não sei como vamos fazer. Fiz uns 40 shows sozinho na época em que ele [Chico] ficou internado. Tenho um irmão mais novo que vai comigo, que também canta. Vai depender deles [contratantes]”.
“É uma dor muito grande, a perda do irmão, do parceiro, do companheiro desde criança. Difícil a gente se imaginar cantando com outra pessoa. Ele lutou muito, foi muito forte, pegou infecção hospitalar, teve dificuldades, mas foi muito forte”.
“A gente vê que a vida da gente é passageira. Eu estava ouvindo na rádio agora, as rádios tocando nossas músicas. Fico imaginando como a matéria da gente é muito fraca. Mas fica a obra, você é lembrado pela sua obra. Ele morreu hoje, mas a voz dele estava ali no rádio.”
O sucesso da dupla veio entre 1987 e 1988, depois de Chitão e Xororó e muito próximo de Leandro e Leonardo. Embora os irmãos fossem alguns anos mais velhos que CheX, a dupla fez parte daquela turma responsável pela ascensão definitiva da música sertaneja naquela virada dos 1980 para os anos 1990.
O primeiro grande êxito veio com o disco abaixo, com a faixa-título “Quem será seu outro amor?”, que acabou marcado até hoje como o maior sucesso deles (pessoalmente, entre as maiores, gosto mais de “Amor rebelde”, que viria no LP seguinte).
Chico Rey faleceu aos 63 anos. Paraná completou 60 recentemente.
Os últimos anos deram uma impressão errada do que poderia vir pela frente. A condição de saúde de Chico Rey, infelizmente, inviabilizou projetos maiores, que cairiam como uma luva nos tempos de hoje, em que o interesse por artistas importantes e clássicos cresceu.
Não acho muito legal ficar expondo valores, mas vale registrar que um cachê da dupla ficava por volta de R$70 mil, um valor alto, maior que de muitos artistas que aparecem na TV com certa frequencia.
Se alguém quiser uma dica do que ouvir neste sábado para relembrar a dupla (ou alguém mais desavisado que queira conhecê-los melhor), indico o CD acústico de 2002, com um repertório que relembra alguns sucessos sertanejos e os principais sucessos deles, num disco através do qual dá pra aproveitar o que há de melhor neles: as vozes.
Quem quiser, pode baixar aqui. Há a opção de ouvir no YouTube, logo abaixo.