Passei o carnaval no Rio pela primeira vez. O motivo, claro, o desfile de Zezé e Luciano na Imperatriz Leopoldinense e o primeiro camarote sertanejo já feito na Sapucaí.
Viajei esperando algo mais modesto. Como costuma acontecer nas primeiras experiências, imaginei que a dupla faria uma espécie de “teste” em 2016, aproveitando o carnaval da Imperatriz, para quem sabe dar sequência ao projeto a partir do ano que vem. Não teve nada de modesto.
Entrada do camarote
Realizado com a intenção de impressionar e disputar espaço com os tradicionais, o camarote teve preços que superaram os R$5 mil (nos dias da divisão especial, os ingressos de primeiro lote saíam por R$ 3.900).
Realizado pela dupla em parceria com a Pink Elephant, rede de boates americana que tem casas no Brasil (inclusive no Rio), o camarote era uma mistura de ambiente moderno, bem climatizado e com música eletrônica de fundo quando as baterias davam uma pausa, mesclado com fotos e shows sertanejos, divisão de estilos pensada para que o espaço tivesse a cara dos dois nomes que assinavam o camarote (ZCL e Pink).
Em quatro noites de funcionamento, o palco recebeu shows de Henrique e Diego, Michel Teló, Felipe Araújo e Zezé di Camargo e Luciano, além de várias participações que estavam presentes por lá. Nada formal, o que torna a experiência sempre mais interessante.
Eram três andares. No primeiro, havia a boate onde os shows eram realizados. O segundo e terceiro eram de onde se assistia o desfile. Na segunda-feira, dia da Imperatriz Leopoldinense, a frisas também foram liberadas para quem tinha o ingresso.
Funciona assim: você compra o ingresso, recebe uma camiseta, uma pulseira e uma credencial. Sem pulseira ou sem credencial, não há maneira de entrar. Houve quem tentasse dar aquele jeitinho que a gente conhece, mas ali não houve chance.
Aos que precisassem, havia vans faziam o trajeto do hotel parceiro (Royal Tulip, em São Conrado) para a porta do camarote, acesso que apenas veículos credenciados possuem. Ou seja, as pessoas que compraram o ingresso tiveram as mesmas mordomias que os artistas que frequentaram ou trabalharam no camarote.
A dupla fez questão, também, de frequentar o ambiente. Havia, como sempre, um espaço reservado para a família, mas o cantores estiveram acessíveis na maior parte do tempo, transitando pelo local com o mínimo de seguranças possível em volta.
Quem ficou com vontade, ainda dá tempo: hoje, sábado, o camarote funcionará normalmente durante o desfile das campeãs.