Na última quarta-feira, em São Paulo, Michel Teló gravou o quinto DVD da carreira, o “Baile do Teló”. A gravação aconteceu no Espaço das Américas.
O que chama atenção logo de cara é a questão visual. Quem acompanha as redes sociais do Michel viu que os preparativos para o DVD foram cercados por novos recursos tecnológicos. Na gravação, as novidades em relação à tecnologia também estiveram presentes, e com o DVD pronto vai ser mais fácil explicar exatamente a ideia. É claro que é um complemento, que o que interessa é a música, mas vale por ser inovador.
O repertório trouxe claramente um balanço entre todas as áreas pelas quais Michel já passeou. Os batidões, as canções mais pop-românticas, o samba-rock, a música fácil de festa e a eletrônica. Teve um pouco de tudo, assim como sempre foram os projetos solo dele, mas dessa vez de uma maneira bem mais equilibrada, provavelmente por conta da produção ter sido feita por ele mesmo ao lado do Marcinho Hipólito, tecladista da banda.
A participação de Seu Jorge, que pra muita gente não tinha “nada a ver”, foi o segundo melhor momento da noite. A música que eles gravaram juntos, “Diz aí, Teló”, é uma composição de Jorge Ben Jor em parceria com o Teófilo Teló, irmão e empresário do Michel. O casamento ficou muito bom, a música é muito boa e, somado ao fato de ser um encontro inusitado, embora ambos tenham sucessos que podem ser chamados de “samba-rock”, é uma das faixas candidatas a fazer barulho.
O melhor momento, como já era previsível, foi a participação dos ex-companheiros do “Tradição”. É ótimo que haja um registro atual do principal embrião da nova geração da música sertaneja, pois mesmo que a banda tenha existido nessa formação até 2009, há uma leva de fãs, inclusive do próprio Michel, que não pegou a fase áurea do grupo.
O DVD teve também a participação de Breno e Caio César, dupla do escritório de Teló, que segurou o show durante uma das trocas de roupa de Michel.
Outro ponto alto, puxando a sardinha pra cá, foi um espaço dado ao “Bem Sertanejo”, com canções importantes do projeto e, claro, da história da música sertaneja.
É um Michel, agora sim, pós-“Ai se eu te pego”, não só por querer, mas por ter conseguido mostrar, principalmente através do “Bem Sertanejo”, que ele é muito mais do que esse ou aquele hit. Além disso, ainda tem um “The Voice” pela frente, que deve fazer com que sua imagem cresça, positivamente, mais ainda.
A direção foi da Joana Mazzucchelli. As fotos são do Fernando Hiro.
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No começo da semana, Michel lançou um clipe em 360º graus, da música “Levanta o copo”, gravado em Barretos, no último dia 26. Pra visualizar direito, sugiro uma boa internet e o Google Chrome como navegador. É bem bacana.