Ontem, dia 1°, foi realizada a missa de 7° dia do Cristiano Araújo e da Allana Moraes, bastante repercutida na imprensa.
Quando li o primeiro texto de cobertura, do UOL (aqui), tomei um susto com os artistas sobre o palco. Por conta do choque, imaginei uma cerimônia mais singela, quieta, mas percebi que eles estavam mais do que certos.
Assim como aconteceria em uma noite de show em qualquer balada de Goiânia, ou num casamento, ou num aniversário, os amigos assumiram o palco. Nada mais justo que essa turma, tão companheira nos momentos de festa, mantivesse o costume, agora em tom de tributo.
Diversos nomes cantaram na homenagem, como Israel Novaes, Marrone e até mesmo Rafael Vanucci, produtor e um dos cabeças da carreira de Cristiano.
Pelas informações divulgadas nos portais, oito mil pessoas estiveram presentes na missa, limite que o espaço comportava.
Queria fazer um comentário.
A comoção pelo Cristiano tem uma melancolia a mais aos que acompanham a música sertaneja. Por conta das mudanças pelas quais o gênero passou nos últimos anos, pela primeira vez perdemos um artista solo de sucesso nacional. Em outras perdas, nos apegamos ao parceiro que ficou, desejando força e colaborando o máximo possível em sua nova e difícil jornada. É como se a presença ainda de um integrante nos aliviasse a dor da perda, ou ao menos nos servisse para fugir do vazio completo do luto.
No caso de agora, o vazio é total. Uma passagem que vai ficar registrada para sempre, infelizmente. Ao menos, fica a certeza de uma história vitoriosa, de alguém que lutou, lutou, mas chegou lá (mesmo que ainda houvesse muita estrada pela frente e a perspectiva de futuro fosse bastante positiva).