Faleceu na manhã desta quinta-feira, 23, Carlos Alberto Ribeiro, o Mangabinha, sanfoneiro e um dos fundadores do Trio Parada Dura, em Belo Horizonte.
De acordo com a assessoria do Trio, Mangabinha, 72 anos, faleceu em decorrência de um câncer. O problema de saúde do músico não era recente. No ano passado, durante as gravações do “Bem Sertanejo”, a entrevista que havíamos marcado com ele foi cancelada justamente por questões de saúde.
Mangabinha fundou o Trio Parada Dura, em 1973, ao lado de Delmir e Delmon.
O sucesso do grupo veio, no entanto, a partir de 1975, com uma nova formação, que entrou para a história da música sertaneja: Mangabinha, Creone e Barrerito. Juntos, emplacaram sucessos como até 1987, com a saída de Barrerito.
Outras formações foram montadas de lá pra cá, e atualmente, Mangabinha tocava ao lado de Leone e Leonito.
Ao longo da carreira, além dos projetos com o Trio, Mangabinha também gravou discos instrumentais.
___
Conversei com o Eduardo Costa hoje, grande fã do Trio, que me falou um pouco sobre o Mangabinha.
“O Mangabinha era visionário, um cara que enxergava bem a frente. Eu cantei uns 4 ou 5 anos nos “Forrós do Mangabinha”, uma espécie de bailão que ele tinha em Belo Horizonte. Às vezes, eu ia como músico acompanhar algum artista. De vez em quando, ele aparecia com a sanfona dele e tocava também.
Ele chegou a tocar junto com o Gino e Geno, formavam um trio, e depois disso ele criou o Trio Parada Dura com o Delmir e Delmon. Essa primeira formação se separou, e o Mangabinha se juntou com uma dupla que já existia: Creone e Barrerito. Essa foi a formação que fez sucesso, o Trio mais importante que a gente teve na música sertaneja.”