Umas doses de Rionegro e Solimões
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Umas doses de Rionegro e Solimões
Umas doses de Rionegro e Solimões

Entrevistei Rionegro e Solimões há duas semanas no “Cowboy Nativa”, na Nativa FM.

Entre vários assuntos, perguntei ao Rionegro o que ele achava da dependência de “músicas de farra” no atual estágio da música sertaneja. Não preciso lembrar que a dupla, apesar de consagrada pelo romantismo, sempre conseguiu muito bem emplacar hits em festas. Quis saber dele justamente porque esse equilíbrio entre animadas e românticas se tornou tão difícil na nova geração.

Achei a resposta muito interessante, e compartilho abaixo:

“Eu acho que essa questão passa pelo estado em que o mundo está hoje. Tá todo mundo muito acelerado, todo mundo tem pressa, as pessoas fazem mais de uma ou duas coisas por vez, tá se perdendo aquele costume de parar e apreciar algo, de ter um tempo pra você. Eu acho que isso reflete diretamente na música. A gente segue fazendo as nossas românticas porque a gente gosta e quer fazer assim, mas realmente as pessoas estão diferentes. Uma música romântica requer atenção pra história, a pessoa precisa parar e ouvir, se não não faz sentido mesmo. E quem para hoje? Quem tem tempo pra parar e ouvir uma música, admirar uma paisagem, como se fazia anos atrás? A música animada, de refrão fácil, acaba caindo como uma luva pras pessoas hoje. Então eu não acho que seja um problema da música sertaneja só, acho que a questão é bem maior”.

Abaixo, segue o clipe recém-lançado de “Romântica”. Só pra não deixar passar, o novo CD da dupla está sendo produzido pelo Fernando, parceiro do Sorocaba.