Dois anos atrás, no carnaval, sugeri cinco canções para os que não estavam muito animados com as músicas festivas.

Trago hoje mais 5 canções que nada têm a ver com o carnaval. As canções abaixo são de meu gosto pessoal e eu achei legal dividir um pouco da história delas com vocês.

Como são apenas áudios, e não videoclipes, o player do YouTube está reduzido propositalmente. É só dar play e ouvir normalmente.

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Filho da Liberdade – Tião Carreiro e Pardinho

Não é uma das mais conhecidas da dupla, mas creio que deveria ser. Se você tiver dificuldade de explicar pra alguém como é o lado “bruto” de Tião Carreiro e Pardinho, essa música é uma ótima indicação. Há trechos ótimos durante toda a canção, e abaixo destaco dois deles:

“O conforto da cidade
É coisa que não me importa
Minha luz é Deus quem manda
Quero ver quem é que corta”

“O perigo não me assusta
Para trás não dou um passo
Duas feras mato à bala
Uma só eu vou no braço”

Em alguns momentos, a letra trata de um certo orgulho de ser brasileiro e de defender a pátria, o que alinhava a música com o gosto dos militares (ela foi lançada em 1971). Mesmo que se alegue que o pessoal do interior não tinha muita ideia do que de fato acontecia na época, os trechos patrióticos da música podem ter sido responsáveis por não deixá-la no primeiro escalão de sucessos da dupla.

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Casinha Verde – João Carreiro e Capataz

São poucas as canções novas que teriam espaço na época do sertanejo tradicional. João Carreiro e Capataz tem uma forte origem na tradição da viola caipira, e a música abaixo acredito que ficaria boa também na voz de grandes nomes da música caipira.

A canção foi feita pelo próprio João Carreiro a um casal de vizinhos dele.

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Queixas – Chitãozinho e Xororó

Gosto muito da letra e da melodia, não muito do arranjo. Estamos falando dos anos 1980, em que muita coisa ainda era novidade na questão dos arranjos.

A bateria, por exemplo, que parece até ser feita em um teclado, mostra que foi um período de aprendizado e de preparo para os anos 1990 chegarem e causarem tudo o que a gente já sabe.

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Ferreirinha – Zé Carreiro e Carreirinho

Essa é conhecida da maioria. Quem entende de música caipira, sempre coloca “Ferreirinha” como uma das maiores canções da história. Ela é de 1950, e não atravessou as décadas com tanto sucesso quanto outras, pois não traz nada de comercial. É uma “música caipira” da forma mais pura possível.

Aos que não a conhecem, vale a pena. A história se encerra com uma passagem pesada, com uma frase um tanto sombria, que não se está esperando, o que torna tudo bem mais interessante.

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Heróis da Madrugada – Trio Parada Dura

Dramalhão + sofrimento + interpretação. Não tenho muito o que falar do Trio Parada Dura. Como já disse diversas vezes, são meus preferidos de toda a música sertaneja.