No último sábado, dia 2, foi realizada a 5ª edição do Country Festival, evento que contou com 18 duplas sertanejas, em Curitiba.
Eventos com dezenas de duplas não são nenhuma novidade. O que chama a atenção mesmo no Country Festival é a organização.
O aspecto “organização” é um grande problema nos grandes eventos nacionais, sertanejos ou não. Não deve ser fácil manter tudo em ordem quando se tem 30 mil ingressos vendidos, mas a festa desse sábado mostrou que é possível.
O “Country…” tem uma área chamada “backstage”, que chegou a custar R$ 600. Nela, o público fica próximo aos camarins e tem direito a comida e bebida a vontade. Não há contato com os artistas, mas é possível vê-los bem de perto. Quem compra essa área, também assiste ao show de um local privilegiado, ao lado do palco.
O controle do público é feito através de pulseiras com código de barra, o que acaba tornando tudo mais fácil e impedindo que se dê um “jeitinho”. Não há aquela comum possibilidade de um artista pedir para “liberar” fulano em alguma passagem. Ou a pessoa recebe uma pulseira da equipe do artista antes do evento, ou fica de fora.
Interessante também, na área dos camarins, foi o encontro das duplas, como na foto abaixo.
No palco principal do evento, houve apresentações de Munhoz e Mariano, Guilherme e Santiago, Fernando e Sorocaba, Zezé di Camargo e Luciano, Jorge e Mateus e Gusttavo Lima. No trio elétrico, os shows foram de Henrique e Diego, Álvaro e Daniel (dupla de Curitiba), Alê Leprevô (cantor de Curitiba que fez sua estreia) e Maria Cecília e Rodolfo. Ainda havia um terceiro palco, que totalizou as 18 apresentações da festa.
A programação de shows sempre evitou a presença somente da nova geração de duplas. Nos quatro primeiros anos, Bruno e Marrone (que são sócios do evento) estiveram presentes. Dessa vez, Zezé e Luciano ficaram responsáveis por quebrar a hegemonia dos novos sertanejos. A mescla de gerações já provou ser uma grande sacada, e é a tendência seguida por quase todas as grandes festas.
O “Country Festival” deveria servir de exemplo para os festivais e rodeios que se julgam grandes, que vendem mais ingressos que o permitido e que acreditam que algum tipo de incidente “faz parte”.
Os preços não foram dos mais modestos (no dia anterior, o ingresso mais barato era o da pista para mulheres: R$54 meia entrada), mas a forma com a qual o público é tratado vale o dinheiro gasto.