Duas semanas atrás, recebi um convite inusitado: assistir a um show do Garth Brooks, em New Orleans, Estados Unidos, e fazer uma entrevista com ele.
A ideia de levar alguns jornalistas a New Orleans foi do Hospital de Câncer de Barretos. No dia 22 de agosto, o cantor se apresentará na Festa de Barretos, e toda a renda será revertida ao Hospital.
Os 10 profissionais convidados, cada um representando um ou mais veículos, viajaram neste último final de semana por cortesia da Asperbrás, empresa do segmento agrícola, uma das principais parceiras do Hospital.
Garth fez quatro shows de sexta a domingo no Smoothie King Hall, sendo dois deles no sábado. Nós assistimos à apresentação da sexta-feira, e no dia seguinte estivemos com ele por pouco menos de uma hora. A assessoria do artista foi bastante rígida com a questão de horário, mas o comportamento dele foi louvável.
Aos que são mais novos e não conhecem muito da carreira dele, Garth Brooks só não vendeu mais discos nos Estados Unidos do que os Beatles. Ele fica a frente de nomes como Elvis Presley e Michael Jacskon (de acordo com dados da RIAA).
Brooks deu uma pausa na carreira em 2001 para acompanhar o crescimento de suas três filhas, e voltou em 2009 para uma série de shows exclusivos e intimistas no Wynn, hotel luxuoso de Las Vegas, parceria que durou até 2014.
Ainda no ano passado, o cantor retomou a carreira de vez. Lançou o álbum “Man Against Machine”, que dá nome ao show que virá ao Brasil. A apresentação não é megalômana, mas utiliza de alguns recursos tecnológicos interessantes, como é possível ver no vídeo acima.
Não é só na voz que Garth segura o show, mas muito em sua postura. Correndo de um lado para o outro como nos velhos tempos, e com uma interação com o público difícil de ver em artistas por aqui, ele mantém a plateia ligada a todo momento. Ele aponta, faz comentários, diz frases, e lógico, tem o apoio de um caminhão de hits.
No final dos anos 1990, Brooks passou a usar seu nome em campanhas beneficentes. Criou a Fundação Teammates for Kids, para ajudar crianças carentes.
Sabendo da proximidade do artista com causas sociais, Henrique Prata (foto acima), diretor do Hospital de Câncer de Barretos, foi aos Estados Unidos pedir ajuda. Garth, ainda no projeto exclusivo em Las Vegas, propôs doar seu cachê ao Hospital, mas Prata reiterou que gostaria do show. O cantor prometeu, então, que quando voltasse com carreira normal, cantaria no Brasil. Três anos após a primeira conversa, o show foi anunciado.
De acordo com Henrique Prata, não haverá nenhum gasto por parte do Hospital. Nem mesmo os custos, algo comum em shows beneficentes, serão cobrados. Garth Brooks virá em avião próprio com sua equipe e seus equipamentos. De acordo com o diretor do Hospital, Brooks pagará do próprio bolso mais R$2 milhões para tocar no Brasil.
Tenho duas entrevistas muito bacanas para postar, e vou publicando durante a semana: uma com o próprio Garth Brooks, outra com Henrique Prata (sempre muito sincero nas respostas).
Henrique Prata e Garth Brooks durante encontro com a imprensa brasileira